quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bancários fecham 6.145 agências em todo o país no primeiro dia da greve!!!

Agência do Itaú parada na av. Paulista,
 o coração do sistema financeiro

Os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira 19, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados até as 18h30 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.

"Os bancos empurraram os bancários para a greve com sua postura intransigente - e vão se surpreender. A forte paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender nossas reivindicações, propondo apenas 6,1% de reajuste, enquanto seus altos executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. 

"Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Não aceitamos a postura dos bancos, de negar aumento real para reduzir custos", acrescenta Cordeiro. 



As reivindicações gerais dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Proposta do BB frustra expectativas e bancários devem aderir à greve

Comando Nacional cobra soluções
 para principais problemas dos bancários
Em negociação ocorrida nesta segunda-feira (16) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a direção do Banco do Brasil frustrou as expectativas. Apesar de trazer avanços sociais importantes, o banco não apresentou respostas para as principais questões específicas do funcionalismo, que foram debatidas e aprovadas no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.


A avaliação do Comando Nacional é que mais uma vez o banco ficou devendo soluções para os grandes problemas debatidos e reivindicados na Campanha Nacional 2013, como plano de funções, piso, saúde, violência das metas, assédio moral e contratações.

"O sentimento é de frustração. Os bancários do BB esperavam que o banco apresentasse propostas efetivas para os principais problemas apresentados durante as três rodadas de negociação específicas e concomitantes à mesa geral dos bancários com a Fenaban, ocorridas durante o mês de agosto, e isso não aconteceu" afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf- CUT e coordenador da Comissão de Empresa.

Desta forma, a orientação do Comando Nacional aos funcionários do BB é aderir à greve da categoria que inicia nesta quinta-feira (19) e lutar com muita unidade e mobilização para arrancar propostas que atendam as reivindicações econômicas e sociais, como aumento real, piso do Dieese, fim do assédio moral e das metas abusivas, emprego, melhores condições de saúde e trabalho, previdência e segurança bancária.



Contraf-CUT cobra fim das reestruturações e terceirizações

Logo no início da negociação, a Contraf-CUT e as entidades sindicais cobraram a interrupção imediata dos processos de reestruturação com a transferência dos serviços dos bancários para empresas terceirizadas como, por exemplo, a Cobra Tecnologia. Também foi questionado o total desrespeito do banco em lançar programas de desligamento, como PDV para vítimas de reestruturações.


Outra questão abordada foram os boletins da direção do BB ameaçando os bancários, como o do último dia 12, onde o banco sugere que os funcionários reflitam ao aderirem à greve, dizendo que haverá consequências indesejáveis no "pós-greve".


Propostas apresentadas pelo BB

I - Com cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014

- Abono das horas de ausências, durante a jornada de trabalho, para os funcionários com deficiência, para aquisição, manutenção ou reparo de ajudas técnicas (cadeiras de rodas, muletas, etc), com limite de uma jornada de trabalho por ano;
- Elevação da licença adoção para homens solteiros (família monoparental) ou com união estável homoafetiva, de 30 para 180 dias;
- Vale cultura: R$ 50,00 por mês para os funcionários que ganhem até 5 salários mínimos;
- Aumento do valor da bolsa dos estagiários, de R$ 332,97 para R$ 570,00.

II - Sem cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014

- Vacina contra a gripe para todos os funcionários; e
- Auxílio educacional para dependentes de funcionário falecido ou que tenha ficado inválido em decorrência de assalto intentado contra o banco: R$ 800,00 por mês até 24 anos incompletos.

Prioridades apresentadas pelos funcionários do BB

Plano de Funções e PCR: 

- Piso
- Aumento no interstício
- Crescimento horizontal nas funções
- Anuênio
- Incorporar funções após 10 anos
- Volta do valor das gratificações de função ao valor anterior (ABF+ATFC+25%) tanto para os AFG 6h quanto para os AFC 8h
- Garantir reajustes nas verbas do novo plano como, por exemplo, verba 226

Ascensão Profissional

- Programa de Seleção Interna com critérios claros e transparentes;
- Fim da trava para concorrências;
- fim dos descomissionamentos e inclusão dos primeiros gestores na cláusula de proteção com 3 avaliações. E maior clareza sobre o que seria satisfatório e insatisfatório nas avaliações;
- volta da substituição remunerada nas funções.

PSO/Caixas executivos e demais unidades da rede

- igualar a pontuação do Mérito dos caixas e incluir os escriturários na carreira de Mérito, retroagindo ao histórico funcional de cada um;
- aumentar as dotações nas PSO;
- nomear todos os caixas executivos;
- ter regras para a eleição de delegados sindicais nas PSO (proporcional à quantidade de agências cobertas por cada PSO);
- criar supervisor de caixa e ou criar gratificação para o "caixa líder".

Contratações e fim das reestruturações e terceirizações

- contratar mais 5 mil bancários e chamar imediatamente os concursados;
- reposição das aposentadorias e desligamentos;

Questões de Saúde

- Cassi e Previ para todos;
- Manutenção da função e do vínculo ao local de trabalho quando houver afastamento por questões de saúde com a substituição remunerada na vaga do afastado;
- melhorar a assistência odontológica;
- melhorias nos exames periódicos

Metas individuais e diárias

- fim da violência na cobrança de metas;
- fim das metas na GDP.

Santander é heptacampeão do ranking de reclamações de clientes no BC

 O Santander liderou em agosto pelo sétimo mês consecutivo o ranking de reclamações de clientes no Banco Central (BC) entre as instituições financeiras com mais de 1 milhão de clientes. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (16), em Brasília. O BC considerou que 2.195 reclamações feitas contra os bancos de grande porte no mês passado foram procedentes.

O título de heptacampeão mensal de queixas de clientes no BC não surpreende os bancários, já que o banco espanhol liderou o corte de empregos no primeiro semestre de 2013 e continua demitindo. O banco extinguiu 2.290 postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano e 3.216 entre os meses de junho de 2012 e 2013, conforme dados do balanço. 


Para largar essa posição incômoda para qualquer banco, o Santander deveria, ao invés de gastar fortunas em marketing e patrocínio de futebol e fórmula 1, parar de demitir funcionários, contratar mais trabalhadores, melhorar as condições de trabalho e oferecer atendimento de qualidade aos clientes", propõe o dirigente sindical.



Em agosto, o Santander registrou um índice de 1,81, número que considera as reclamações procedentes divididas pela quantidade de clientes multiplicada por 100 mil.

O HSBC (1,28) ficou vice-campeão, seguido do Banco do Brasil (1,18), Itaú (1,1) e Caixa Econômica Federal (0,8). Em julho, atrás do Santander, estavam Itaú (1,29), Banco do Brasil (1,21), HSBC (1,00) e Banrisul (0,82).

As reclamações mais comuns contra as instituições que chegaram ao BC foram débitos não autorizados (358), prestação do serviço conta salário de forma irregular (249), esclarecimentos incompletos ou incorretos a respeito da circular 3.289, que trata justamente do Sistema de Registro de Denúncias, Reclamações e Pedidos de Informações (207), e cobrança irregular de tarifas por serviços não contratados (202).

Os números se referem apenas ao descumprimento de normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) ou do BC. 

No ranking de instituições com menos de 1 milhão de clientes, as primeiras posições ficaram com Bonsucesso, BMG, J. Malucelli, BNP Paribas e Banco Daycoval. Entre as administradoras de consórcio, lideram o ranking Sponchiado, Saga, Fiat, Caixa Consórcios e HSBC Brasil.


FONTE: CONTRAF/CUT

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Bancários de Campos e região aprovam greve nacional a partir do dia 19

Diretoria conduz a Assembléia que de decretou a Greve.
Trabalhadores rejeitaram proposta de 6,1% da Fenaban
Campos confirma participação na greve nacional dos bancários, em Assembléia realizada no último dia 12. O Excelente número de bancários presentes,  decidiu pela paralisação das atividades por tempo indeterminado, a partir da próxima quinta-feira (19). 

Rostos ansiosos e indignados. Os semblantes dos bancários, que estiveram na Sede da Entidade na última  quinta-feira (12), na assembleia para avaliar a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), demonstraram a vontade de lutar por melhores condições de trabalho e valorização. 


Enquanto que os trabalhadores querem 11,93% de reajuste salarial, os bancos ofereceram 6,1%. Um insulto, sobretudo, por se tratar do setor mais lucrativo da economia. 



"Não vamos aceitar a proposta da Fenaban. Temos de lutar pelos nossos direitos e estamos preparados para a greve", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Campos Hugo André Lopes Diniz.



Calendário de luta


17 e 18 - Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.



18 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.



19 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Comando considera proposta de 6,1% provocação e aponta calendário de luta

ATENÇÃO BANCÁRIOS DE CAMPOS E REGIÃO, BANQUEIROS ESCARNECEM E INDIGNAM CATEGORIA AO APRESENTAREM PROPOSTA DERRADEIRA DE 6.1 DE REAJUSTE PARA A CATEGORIA. 

COMANDO NACIONAL E SINDICATOS FILIADOS NÃO TOLERAM FALTA DE RESPEITO DOS PATRÕES PARA COM A OS COMPANHEIROS, VERDADEIROS RESPONSÁVEIS PELO LUCRO ABSURDO DE CERCA DE TRINTA BILHÕES DE REAIS, OBTIDOS NO PRIMEIRO SEMESTRE PELOS 5 MAIORES BANCOS!!!

SÓ UMA FORTE MOBILIZAÇÃO DA CATEGORIA EM TODO PAÍS, PODERÁ FAZER OS BANCOS MELHORAREM ESTA PROPOSTA.



Calendário de luta

Por isso o Comando Nacional, reunido ao final da reunião com a Fenaban, aprovou o seguinte calendário de luta:

12 de setembro - Assembleias em todo o país para rejeitar a proposta e decretar greve por tempo indeterminado a partir do dia 19.

17 - Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.

18 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.

19 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

HOJE É DIA DOS BANCOS MOSTRAREM A PROPOSTA!!! CHEGA DE CONVERSA FIADA!!!

OS BANCÁRIOS JÁ AVISARAM....VEJAM LÁ O QUE VÃO FAZER!!!

São Paulo - hoje, dia 5 tem negociação e os bancos vão apresentar proposta. Essa será a quarta rodada, quase um mês depois de iniciados os debates entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), que já sabe: a Campanha Nacional Unificada 2013 só se resolve com melhores condições de trabalho, fim da pressão por metas, mais empregos, aumento real, PLR, piso e vales valorizados. 

A primeira mesa, nos dias 8 e 9 de agosto, discutiu saúde, condições de trabalho e segurança. Nos dias 15 e 16 foi a vez de tratar de emprego e igualdade de oportunidades. Remuneração foi o tema dos dias 26 e 27.


PORTANTO COMPANHEIROS, A PARTIR DA CONTRAPOSTA APRESENTADA PELOS BANQUEIROS, ESTAREMOS CONVOCANDO TODOS OS BANCÁRIOS(as) para deliberação das mesmas em ASSEMBLÉIAS. 

VEM PRA LUTA BANCÁRIO(A)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sob repressão e gás de pimenta, CUT impede votação do PL da terceirização

PM do Distrito Federal lança gás de pimenta
contra manifestantes
Pressionada por cerca de 200 trabalhadores que conseguiram entrar no plenário e outros três mil manifestantes que cercaram o Congresso Nacional e foram impedidos de entrar no prédio com muita violência por parte das polícias militar e legislativa, que chegaram a usar cassetetes e gás de pimenta, a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados cancelou a sessão desta terça-feira 3, adiando mais uma vez a votação do PL 4330, que legaliza a terceirização e precariza o trabalho no Brasil.

"É uma vitória dos trabalhadores. Nós impedimos a votação do projeto hoje, mas amanhã o texto pode ser votado, por isso a mobilização continua", afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, assim que houve o cancelamento. A orientação da central é que os manifestantes mantenham a vigília em Brasília nesta quarta-feira 4 porque, embora o presidente da CCJC tenha assumido o compromisso de não colocar o PL 4330 em votação, qualquer deputado pode apresentar requerimento e incluir o tema na pauta.

"Ganhamos mais uma batalha. Os sindicatos de bancários de todo o país estão de parabéns pela grande mobilização. A pressão dos trabalhadores do lado de dentro e de fora do Congresso foi fundamental para o cancelamento da sessão da CCJC. Mas ainda não vencemos a guerra. É preciso continuar pressionando e ampliar a mobilização para enterrar de uma vez por todas esse projeto de lei do patronato, que destrói empregos e direitos dos trabalhadores", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Violência contra os trabalhadores

Por volta das 14h30, as polícias militar e legislativa formaram um cordão de isolamento na entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, que dá acesso à CCJ, para impedir a entrada de manifestantes e dirigentes das centrais sindicais, com grande maioria da CUT e participação marcante dos bancários. 

Usaram gás de pimenta e violência para barrar a manifestação. Houve tumulto e correria, e até dirigentes cutistas feridos. Mais cedo, parte dos manifestantes já havia conseguido entrar no plenário do Anexo, que acabou sendo esvaziado. 

'Esse Congresso não é do povo'

O presidente da CUT criticou a postura da presidência da Câmara e da Polícia Legislativa de impedir com violência a entrada dos trabalhadores no Congresso. "Esse Congresso não é do povo. Os empresários não são impedidos de entrar nem as pessoas contratadas por eles para defender o capital. Temos que trocar isso", disse Vagner Freitas.

"O presidente da Câmara baixou regras ditatoriais para que os trabalhadores não possam se manifestar contra o PL 4330, que atropela os direitos com a ampliação da terceirização e da precarização. Nunca levei gás de pimenta. Hoje foi a primeira vez. Abaixo a repressão do Congresso Nacional", acrescentou Graça Costa, secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT.

Aumentar a mobilização e ficar alerta

Para o secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, os trabalhadores não podem afrouxar a vigilância com mais essa vitória temporária na CCJC. "O patronato quer de todo jeito aprovar o projeto de lei do empresário e deputado Sandro Mabel, porque ele vai reduzir direitos e salários dos trabalhadores e, portanto, aumentar o lucro das empresas. Os bancos estão na linha de frente dessa batalha, coordenando a bancada patronal no Congresso, porque o PL permitirá a completa terceirização do sistema financeiro", alerta Miguel.

"Por isso, temos de manter a pressão e aumentar ainda mais a mobilização dos trabalhadores, para barrar esse ataque a nossos direitos", conclui o dirigente da Contraf-CUT.